7 de agosto de 2011

Hobby que virou profissão

Pessoal, se vocês ainda não sabem, fiquem ligados, pois a renda e o crochê são tendências para o Verão 2011/2012.

Aproveitando o gancho, estou postando uma matéria que fiz na última semana no jornal em que trabalho com a artesã Samanta Maragno Serralheiro, moradora de Araranguá. Por meio do seu blog e site, ela já comercializou suas peças para diversos países do mundo.

Espero que gostem da sua história, assim como eu que adorei o bate-papo, e caso se interessem pelos seus produtos, aproveitem e já façam as encomendas, pois a Primavera está chegando e já, já, o Verão dá as caras..



Imagem Ilustrada: Samanta prova no manequim uma de suas encomendas, uma blusa de crochê na cor alaranjada que tem um conto de largura média a cintura como complemento.


Tricotando para o mundo

Um hobby remunerado. Assim podemos definir o que faz Samanta Maragno Serralheiro, 33 anos, natural de Turvo e moradora de Araranguá há quatro anos. A confecção de peças de crochê e tricô deixou de ser um passatempo para tornar-se uma fonte de renda.

Seus trabalhos tornaram-se conhecidos por meio da internet, primeiramente postados em um blog, criado em 2005, www.feiticeiradasagulhas.blogspot.com, e desde 2009 também pelo site www.samanta.com.br.

Os artigos já foram vendidos para vários paises, como Angola, Itália, Alemanha, Canadá, Portugal e França. Porém, 90% das encomendas vão para o Rio de Janeiro e São Paulo.



Imagem Ilustrada: Samanta possa sentada no sofá de casa, tricotando um colete de crochê na cor cinza.


Como tudo começou


Aprendeu o trabalho manual com a mãe aos sete anos. Tomou gosto pela atividade e produzia peças para casa e para ela mesma.

Samanta é formada e pós-graduada em matemática, e atuou na área durante quatro anos. Neste período, o marido Werther Alexandre Serralheiro, que é engenheiro e professor do IF-SC, criou o blog para que ela postasse foto dos artigos que tanto gostava de fazer. Só após um ano do blog, resolveu acrescentar que aceitava encomendas e não demorou muito para haver interessados.

No início ela dividiu seu tempo entre as encomendas e a sala de aula, porém chegou um momento que ela teve que decidir entre os dois. “Foi uma junção da falta de tempo para atender todas as encomendas que estavam bombando no blog, a insatisfação na profissão devido a decepção com a realidade da educação no Estado e a intenção de engravidar que fez com que eu decidisse em dar um tempo nas aulas, por um período que eu não sabia quanto seria”, relata.

Samanta revela que pretende continuar com o trabalho manual, pois é o que a deixa feliz. “Realmente gosto do que faço, não estipulo um horário para trabalhar, faço quando tenho tempo e vontade”, diz.

Sua primeira encomenda foi de toalhas de cozinha com barrado de crochê, agora ela faz somente peças de vestuário e acessórios. São cachecóis, coletes, blusas, túnicas, vestidos, colares, bolsas e outros artigos produzidos em crochê ou tricô.

Sempre busca dar um toque particular quando cria novas peças, e se possível acrescentar uma flor, que gosta muito.

Atualmente, a marca Feiticeira das Agulhas é registrada com empresa por meio do programa empreendedor individual.



Imagem Ilustrada: Detalhe das mãos de Samanta tricotando o colete cinza.

Vendas


Todas as vendas são feitas pela internet. Os interessados escolhem a peça, a cor, e conforme a peça, passam algumas medidas pessoais. Dentro de no máximo 45 dias, a peça está pronta. Samanta tira foto, encaminha para a cliente e se a mesma gostar, faz o depósito em conta e a peça é enviada via correio.

Conforme ela, a empresa Circulo, que produz vários tipos de linhas, achou seu blog e propôs uma parceria. “Eu divulgo a logo da empresa no meu site e produzo as peças com linhas da marca e eles me fornecem as linhas”, conta.

Sem a despesa com as linhas, todo o valor da venda das peças é lucro. “Levando em conta a tranquilidade de trabalhar em casa e comparado ao que ganha um professor do Estado considero a minha renda satisfatória”, afirma.

A parceria com a empresa também possibilita que suas peças sejam publicadas em revistas nacionais, como Moda Moldes e Figurino e Crochê, além de revistas da própria Círculo.

O sucesso do negócio, segundo Samanta, é fazer o que gosta. “O negócio deu certo porque gosto do que faço e faço com amor, acho que foi por isso que progrediu. Procuro ter bastante capricho no site e no blog, tirar umas fotos legais, com bom ângulo e nitidez”.













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